Há milhares de coisas que não podem acontecer conosco.
Se acontecerem, estaremos aniquilados.
Nada sabemos sobre nada. Amargura.
O corpo dança a música e caí.
Soa a nudez e penteia por entre as pernas os fios do laço.
As pernas se tocam e tremem se excitando esquecidas de ser um corpo só.
A parede derrete, mistura cor com chuva.
O piano, tão morno e cheio de ternura se deflorando por mãos rápidas e coerentes.
Geme e parece música.
Do concreto não emergem pássaros.
De vida só eu.
De cama e doença, o quarto.
Parem!
Não é música.
Nenhum comentário:
Postar um comentário