domingo, 2 de janeiro de 2011

Há milhares de coisas que não podem acontecer conosco.

Se acontecerem, estaremos aniquilados.

Nada sabemos sobre nada. Amargura.

O corpo dança a música e caí.

Soa a nudez e penteia por entre as pernas os fios do laço.

As pernas se tocam e tremem se excitando esquecidas de ser um corpo só.

A parede derrete, mistura cor com chuva.

O piano, tão morno e cheio de ternura se deflorando por mãos rápidas e coerentes.

Geme e parece música.

Do concreto não emergem pássaros.

De vida só eu.

De cama e doença, o quarto.

Parem!

Não é música.

Nenhum comentário:

Postar um comentário